quinta-feira, 9 de setembro de 2010

e que o simples seja eterno...


"Cause you and I
We are meant to be
Whatever the future might
Choose for us to see
Again…

You can break my heart in one or two
or in a zillion pieces
You can bring me down
You can take me high
Oh boy, we still have
One last dance
Let’s take it
Let’s give us one last chance

(...)I guess this song
Is sung off-key
That’s how I see
this sweet funny melody
The end"
Thiago Pethit, Sweet Funny Melody




Quando ele liga e ouço aquela voz, eu sei que aquela é a voz que minha alma precisava. Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava.

Ele não faz muito pela minha angústia existencial, até por não saber. E consegue tudo de mim. Consegue até o que ninguém nunca conseguiu: me deixar leve. Sabe rir mole de bobeira? Sabe dançar idiota de alegria? Sabe dormir gemendo de saudade? Sabe tomar banho sorrindo para a sua pele? Sabe cantar bem alto para o mundo entender? Sabe se achar bonita mesmo de pijama e olheiras? Sabe ter ânsia de vômito segundos antes de vê-lo e ter fome de mundo segundos depois de abraçá-lo? Sabe não aguentar? Sabe sobrevoar o frio, o cinza, os medos, os erros e tudo que pode dar errado? Ele consegue fazer com que eu me perdoe por apenas viver sem questionar tanto.

Eu quero parar com tudo isso, ele, apesar dos poucos meses de diferença de idade, é um garoto inconsequente que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí. Mas aí eu me pergunto: pra quê? Se está tão bom, se é tão simples. Ele me ensinou que a vida pode ser simples, e tão boa. Tô uma perfeita adolescente, e isso parece um texto de diário que termina com o nome dele dentro de um coração desenhado com caneta roxa de glitter com cheiro de uva.


Tati Bernadi