sexta-feira, 23 de julho de 2010


"Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração

Desafinado, Tom Jobim




É,está tudo bem sim, eu fico feliz. Acho que também estava com saudades...Não,não é isso, é que eu prefiro tornar essas linhas sentimentais mais graves, roucas.é, eu sei que você não gosta, mas o que há de fazer? Vou pegar um suco qualquer, quem sabe para escapar, não sei, prefiro mais acidez.
Não, você não precisa ir, e mesmo que fosse ainda ficaria. é, eu sei que você não entende, mas não importa, eu gosto disso. Não, não estou dizendo que você é tolo, ou talvez seja, mas afinal, eu gosto, de que importa, então? Tudo bem, tudo bem, eu tento ser mais clara.
Amor? não sei... mas amor...O que é amor? não, não fique chateado, é só uma palavra, simples, só isso. Sim, eu sei que você tem suas certezas, eu também queria ter, mas não sei, sou feita de questionamentos tolos e imprevisíveis, prefiro não comprometer minha rouquidão...
O que eu sinto? Eu gosto dos seus detalhes, não sei. Os poucos que te formam, tão frágeis e sinuosos, são belas tolices, eu acho. Não, já disse que não estou te chamando de burro, essas tolices a qual me refiro são apenas pequenas linhas meio púrpuras que eu costumo ver no seu olhar, sabe? Acho que você foi crescendo, crescendo, eu nem achava que seria tanta coisa.. Não, eu não sei se é amor, só sei que cresce.
Medo?? Tenho medo do escuro...Eu sei que amo a noite, o que tem? Talvez por isso ame mais ainda a Lua... Ah, tenho medo de não viver também, quero viver tudo, eu acho. Outro medo? não sei... tenho medo de me questionar demais, o que você acha? é, eu sei que você acha que eu não faço sentido, mas... Será que amar é não fazer sentido algum? Amar vai além dos sentidos, talvez, não sei.
Tudo bem, depois você lê a revista, me diz, o que é amar pra você? Então como crê em algo que não sabe? Não sabe descrever? Nossa, que clichê. É, talvez você seja clichê sim. Não, não brigue, eu também gosto da sua simplicidade, me preenche desse nada abstrato que você tanto refaz e refaz, essas minhas perguntas incompreendidas...
Cômico? Talvez,...Você sempre solta essa risada do nada, acho que eu gosto disso, dos tons graves meio espontâneos,é, eu gosto. Eu sei, eu sei, o suco acabou, talvez você possa pegar amoras no jardim agora...é, eu sei que você não tem amoras no jardim, mas por que não?

Naiara C. M.

1 comentários:

Milena Kury disse...

O amor é feito de detalhes, n? de pequenas ações, de formas de rir, de aparentes tolices.

Adorei a história do suco, me lembrou uma música "te quiero con lémon y sal, te quiero tal e como és" que a prof. de espanhol passou na sala x3 lembra? =b

A maneira como vc dialoga nesse texto é fantástica! quase come se estivesse falando com seu próprio inconsciente...

bom, achei beem lgl o texto :3
ah, e o blog tbm está lindo! parabéns ;D